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Chamada Expedições

Projeto 16

Ecologia dos espíritos: conhecimentos tradicionais e conservação da sociobiodiversidade na Amazônia

Resumo

O presente projeto propõe, por meio de expedições a diversos territórios de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais da Amazônia, produzir um panorama de conhecimentos etnográficos sobre o manejo e conservação da sociobiodiversidade a partir de um recorte específico: a relação entre estes povos/comunidades com seres espirituais e a existência destes seres (donos ou mães de espécies vegetais, animais ou minerais, encantados, espíritos auxiliares, santos e visagens, dentre outros) como determinante para a conservação de espécies e paisagens. Nossa hipótese de partida é a de que a maneira como as populações indígenas e tradicionais amazônicas lidam com a biodiversidade está inseparavelmente ligada com as suas cosmologias, que concebem uma floresta habitada e animada por seres espirituais múltiplos. Estes conhecimentos não são considerados aqui como lendas ou folclore, mas como concepções incorporadas em relações concretas que atravessam os modos desses povos manejarem vegetais, animais, fungos, entre outros, transformando mutuamente os termos em jogo, produzindo efeitos na paisagem e atualizando-se em materialidades diversas. Nesse sentido, acreditamos que, se os povos indígenas, quilombolas e tradicionais são os grandes responsáveis pela conservação da floresta, isso se dá, também, devido a essas relações concretas do que podemos chamar de uma ecologia como espíritos dentro, inextricáveis das interações cotidianas com a biodiversidade. Compreendendo que este viés analítico ainda se constitui como uma lacuna, o projeto propõe se debruçar sobre os conhecimentos tradicionais, tomando-os de forma simétrica às tradicionais taxonomias científicas. Para tanto, aposta-se na produção colaborativa entre pesquisadores dos territórios com pesquisadores acadêmicos para a produção de coleções etnográficas, compostas por gravações de narrativas, fotografias, artefatos, mapas, dentre outros, que mantenham reunidos e articulados entes que encontramos separados. 


PESQUISADORES RESPONSÁVEIS 


FAPEAM: Thiago Mota Cardoso - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

FAPESPA: Eduardo Soares Nunes - Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)


ABRANGÊNCIA TERRITORIAL

Amazônia Legal


ÁREAS DO CONHECIMENTO RELACIONADAS 

Ciências Humanas Etnologia Indígena Antropologia das Populações Afro-Brasileiras Teoria Antropológica Ecologia Aplicada


RECURSOS INVESTIDOS

R$ 1.117.236,00



Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

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