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Projeto 34

Amazônia+10 no contexto das doenças negligenciadas: caracterização entomoepidemiológica da doença de Chagas em regiões amazônicas de fronteira (Brasil-Bolívia e Brasil-Peru)

Summary

Atividades antropogênicas podem impactar a transmissão de doenças parasitárias na Amazônia. Mineração de ouro e extração de madeira, por exemplo, podem facilitar a transmissão vetorial da malária, leishmaniose e doença de Chagas. Estima-se que oito milhões de pessoas estejam infectadas por Trypanosoma cruzi (agente etiológico da doença de Chagas), sendo a transmissão vetorial (contato com a urina/fezes de triatomíneos infectados pelo protozoário) a principal forma de contaminação. No Brasil, existem cerca de 70 espécies de triatomíneos, sendo, pelo menos, 30 espécies notificadas na região amazônica. Surtos de doença de Chagas, por ingestão de sucos contaminados com fezes de triatomíneos com T. cruzi, já foram relatados em ambientes mais urbanizados da Amazônia. Diversos estados que compõem a Amazônia brasileira fazem fronteira com outros países (entre eles, Acre e Amazonas com o Peru; Acre, Rondônia e Mato Grosso com a Bolívia). Diante da diversidade de espécies de triatomíneos encontradas na Amazônia legal (representada, nessa proposta, pelos estados do Acre e Rondônia), bem como no Peru e na Bolívia, instala-se um alerta epidemiológico, pois a maioria das espécies é potencial vetor de T. cruzi. Diante disso e, sobretudo, do pouco conhecimento entomoepidemiológico da doença nas regiões amazônicas de fronteira, o presente projeto tem como objetivo analisar a riqueza, distribuição, prevalência de infecção e os fatores de risco associados aos triatomíneos, assim como caracterizar as fontes alimentares, o percentual de contaminação por tripanossomatideos e realizar a identificação dos genótipos de T. cruzi. Com esses resultados, pretende-se apresentar um georreferenciamento das áreas de risco para transmissão de doença de Chagas às autoridades locais, permitindo que a presença dos triatomíneos e dos potenciais reservatórios seja monitorada de forma preventiva (pelos sanitaristas responsáveis pelo controle de vetores e, sobretudo, pela população local que poderá auxiliar – como agentes de saúde – na notificação dos órgãos competentes) nessas localidades amazônicas.


Temas 

Doenças Infecciosas, Saúde, Vírus Emergentes e Reemergentes


Abrangência Territorial

Fronteiras de Acre e Rondônia com Peru e Bolívia


Pesquisadores Responsáveis 

São Paulo: João Aristeu da Rosa / Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Rio de Janeiro: Cleber Galvão Ferreira / Fundação Oswaldo Cruz (RJ)

Acre: Dionatas Ulises de Oliveira Meneguetti / Universidade Federal do Acre (UFAC)


Recursos Investidos

R$ 1.073.732,70 (FAPESP, FAPERJ e FAPAC)



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