Projeto 28

Águas residuárias agroindustriais são uma relevante fonte de lançamento de nutrientes para o meio ambiente, como o nitrogênio (N) e fósforo (P), causando eutrofização em águas naturais. Por outro lado, o P é um elemento chave para vida e segurança alimentar, por tanto fechar o ciclo de nutrientes recuperando-os para o agroecossistema e essencial para a sustentabilidade, já que resulta na redução do uso de fertilizantes minerais fosfatados e potássicos, que são recursos não renováveis. Águas residuárias da aquicultura são ricas em P, N, K, logo são uma fonte potencial para recuperação de nutrientes a partir da precipitação de estruvita. A estruvita é um fosfato de amônio- magnésio hexahidratado (NH4MgPO4.6H2O) formado em proporções equimolares em meios aquosos e alcalinos. Dependendo das condições físico-químicas de formação (concentração dos íons, pH e temperatura) pode ocorrer a precipitação tanto de estruvita quanto das chamadas estruvitas análogas, com diversas possibilidades de substituições isomórficas. Também é um fertilizante de liberação lenta de excelente qualidade que pode ser usado diretamente na horticultura, agricultura e até piscicultura. Este projeto se propõe a testar a condição ótima descrita por Meira et all, (2020) em águas residuárias oriundas da piscicultura e carcinicultura para síntese de estruvita de alta qualidade, como parte de um processo de inovação, além de outros produtos para o agronegócio propostos a partir dos (bio)fertilizantes com potencial de transferência de tecnologia para o setor produtivo. Além de realizar testes em casa de vegetação tanto da água reciclada da síntese quanto do biofertilizante. A reciclagem de nutrientes por meio da síntese de estruvita a partir de águas residuárias da aquicultura permitirá a utilização de fósforo secundário, entre outros nutrientes. O uso de P secundário é uma opção sustentável no contexto da agricultura em solos amazônicos como alternativa para reciclagem de resíduos.

Temas 

Biofertilizante; Aquicultura, Inovação, Resíduos

Abrangência Territorial

Amazônia Legal

Pesquisadores Responsáveis 

Amapá: Fernando Henrique Silva Garcia / Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

Maranhão: Adenilson Oliveira dos Santos / Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Pará: Rose Caldas de Souza Meira / Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

Recursos Investidos

R$ 375.200,00