Por Valdete Araújo | Decon Fapeam
Contribuir com a definição e priorização de cadeias estratégicas para a Amazônia Legal, no âmbito da Iniciativa Amazônia+10, foi o objetivo principal de oficina realizada na quinta-feira (19/10), promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
A atividade contou com a participação e colaboração de atores locais, de diversos setores e segmentos, que compõem o ecossistema de ciência, tecnologia e inovação do Amazonas para contribuir com a formulação de eixos temáticos que vão nortear o Programa Iniciativa Amazônia+10.
A Oficina visa apoiar o desenho, preparação e gestão de agendas estaduais e plataforma eletrônica de projetos estratégicos em temas selecionados, capazes de gerar impactos robustos ao desenvolvimento econômico, social e ambiental da Amazônia.
A diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales Mendes Silva, ressaltou ser fundamental ouvir as demandas dos amazônidas em relação à área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), para diagnóstico e criação de uma plataforma, abastecida com um conjunto de informações robustas, que vão colaborar com o desenvolvimento sustentável do estado. “Aqui estão reunidas em torno de 40 instituições que vão colaborar para que possamos identificar as cadeias estratégicas prioritárias para desenvolvimento sustentável e inclusivo da Amazônia Legal, por meio da área de CT&I”, acrescentou Márcia Perales.
Expedições Científicas
Na oportunidade Márcia Perales falou das expectivas em torno do segundo edital do Programa Iniciativa Amazônia+10, que traz um tema novo: “Expedições Científica”, que será lançado em breve. Para ela, é importante que os grupos de pesquisadores consigam trabalhar de forma colaborativa para que possam trazer novos conhecimentos sobre a Amazônia.
“Serão expedições que terão total apoio para que os produtos, insumos e novos conhecimentos possam ser trabalhados e, claro, seguindo a legislação brasileira em relação a isso. O Amazonas no primeiro edital apoia 16 projetos, um investimento de R$ 7 milhões”, comentou a diretora.
Na ocasião, o diretor do CGEE, Ary Mergulhão, disse que o apoio do estado para a ciência, tecnologia e inovação, por meio da Fapeam e da Sedecti, foi fundamental para a organização dos atores locais e debates ocorridos. “O sucesso de uma oficina como essa depende da representatividade que o próprio estado consegue colocar em um sala para discutir o futuro do Amazonas”, destacou o diretor.
(Fotos Nathalie Brasil | Decon Fapeam)
O secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti/Sedecti), Jeibi Medeiros da Costa, destacou a importância do evento para a construção de um plano que auxilie na Iniciativa Amazônia+10. “O estado, por meio da parceria entre Fapeam, Sedecti e CGEE, está incluído nesta tarefa de facilitar esse trabalho, para termos subsídios para poder promover trabalhos futuros, para o desenvolvimento do estado”, acrescentou Jeibi.
Metodologia
A dinâmica da oficina foi conduzida pela líder do projeto Subsídios da Iniciativa Amazônia+10 do CGEE, Adriana Badaró, pela especialista em Inovação Denise Terrér, e o consultor especialista em Desenvolvimento de Cadeias de Pesquisa e Produção, Luis Henrique Lima, que apresentaram aos participantes a definição de área de cada grupo, a definição das cadeias de Produção e Pesquisa (P&P), apresentação das narrativas e priorização das cadeias de P&P.
Durante o trabalho, as equipes foram divididas para debates, contribuições de ideias e discussões orientadas por perguntas rodadas. Cada equipe pôde definir mais de uma cadeia de Pesquisa e Produção, e cada cadeia escolhida foi acompanhada de sua narrativa.
Para a diretora do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Stephanie Lopes, participar da oficina foi de suma importância para contribuir com a construção e afunilamento para a decisão dos eixos prioritários. Nos debates, ela destacou a por ser saúde um tema de atuação de sua instituição, visando diferentes cadeias produtivas, principalmente a questão das vacinas, entre outros fármacos.
“Essa questão foi colocada nas discussões e foi bem aceita pelos participantes do grupo pensando em diferentes áreas que devemos estimular, como a produção de testes diagnósticos, os fitoterápicos, a descoberta de novos insumos farmacêuticos de microorganismos de plantas amazônicas e também a saúde no contexto global”, pontuou Stephanie Lopes.
Essa Oficina já foi realizada em quatro estados da Amazônia Legal que fazem parte da Iniciativa Amazônia+10, entre eles: Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Roraima. O projeto ainda vai alcançar os estados do Tocantins, Acre, Pará, Rondônia e Maranhão.
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